sábado, 25 de outubro de 2008

à espera.





o que fazer, quando não se tem certeza de nada?
o que fazer, quando o que pensamos é tão vasto, quanto confuso?
o que fazer?
sentir?!!
mas, se sentimos, e o que esse sentimento nos dá, é nada mais, nada menos, que uma imensa escuridão de incertezas.
escrevo, na medida em que as quero ver desaparecer.
não desaparecem.
mesmo assim, continuo,com medo.
tenho medo de sentir com claridade, com certeza.
Sempre que o fiz, fez-se logo escuridão.
e a solidão, volta sem pedir licença.
tenho tanto medo, que me recuso a olhar à volta.
não devo, eu sei.
mas faço-o, pois sinto, que quando o faço, a atrasa e a diminuie.
e ela não vem com tanta pressa, pois não estou lá pra ela, nem pra ninguém.
viver com medo da vida, é viver sem ela, sem cor, sem riso.
por vezes, estes, são-me tão estranhos como longínquos.
não o façam mais, não quero, nem posso com mais.
estou cansada, muito cansada.
espero, ela vem.
quando, não sei, mas uma certeza tenho, ela um dia iluminará a minha alma.
e dela brotarão risos e feixes de luz, pra todos.
espero por esse dia, sempre.