quinta-feira, 31 de julho de 2008

um conto.


era uma vez, uma menina, que de frágil fazia-se romper dura...
era de cristal e de mágoas, fazia colecção...
era para si uma estranha, dividida entre mundos seus, dos quais, poucas vezes conhecia razão.
era frágil, dócil e forte.
devia beber os ventos, diziam...
mas,escondia na sua bravura, o medo.
ele, viva nela, mas só lhe falava, quando só.
e entre eles,nasceu a amizade.
ela tinha o medo, o medo tinha-a.
nas suas tranças, levava carregando todo o seu ser, era amada de soslaio, às escondidas e sempre que se lançava pra conhecer o amor, ele sempre lhe fugia..
este, dizia:
-vieste para amar e não para ser amada.
tens em ti um cristal que ilumina ofuscando e amedronta quem de ti se aproxima...
tens de saber, que nunca serás amada no momento que dizes: - quero , devo e sonho sê-lo...
nunca encontrarás o amor em sintonia com a tua vontade, porque até eu, que sou o amor, te tenho medo.
dois amigos tinha, o medo e o amor.
ela acatou e disse:
- amor, sei que me tens medo, mas não será,porque o medo, vive dentro de mim?!! sabes, é que ele, também tem medo, mas não de ti!
sabes de quem?!! da vida.
sim, essa!! a que nos é comum.
- menina por quem vives tu? que vida vives??!! a tua??!!
- não sei, mas vivo o sonho, é que o medo, vive dentro de mim e afugenta-te,amor.
é que a vida que tenho é sombria e fria. ninguém se acosta a mim.
- sabes menina... deves dizer ao medo que é na vida que encontra o amor, e ele ao encontrar-me deixar-te-à iluminar um outro. e a vida dir-te-à...
- sabes menina à quanto tempo te espero...

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