domingo, 14 de janeiro de 2007



Michel Foucault



Um pensador que nunca se deixa capturar por classificações...
Dizia ele "Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo".
Um pensador engajado num trabalho crítico do seu presente, de si mesmo, buscando, por meio da genealogia e da arqueologia as rupturas e descontinuidades que engendram as imagens que temos de nós mesmos, dos outros e do mundo, eis Foucault...

Michel Foucault (Poitiers, 15 de outubro de 1926Paris, 26 de junho de 1984) foi um filósofo e professor de História dos Sistemas de Pensamento no Collège de France desde 1970 a 1984.


As suas obras, desde a História da Loucura até a História da sexualidade (a qual não pôde completar devido a sua morte) situam-se dentro de uma filosofia do conhecimento.

As suas teorias sobre o saber, o poder e o sujeito romperam com as concepções modernas destes termos, motivo pelo qual é considerado por certos autores, (contrariando a sua própria opinião de si mesmo), um pós-moderno.

Os seus primeiros trabalhos (História da Loucura, O Nascimento da Clínica, As Palavras e as Coisas, A Arqueologia do Saber) seguem uma linha estruturalista, o que não impede que seja considerado geralmente como um pós-estruturalista devido a obras posteriores como Vigiar e Punir e A História da Sexualidade. Além desses livros, são publicadas hoje em dia transcrições de seus cursos realizados no Collège de France e inúmeras entrevistas, que auxiliam na introdução ao pensamento deste autor.
Foucault trata principalmente do tema do
poder, rompendo com as concepções clássicas deste termo.
Para ele, o poder não pode ser localizado em uma instituição ou no Estado, o que tornaria impossível a "tomada de poder" proposta pelos marxistas.
O poder não é considerado como algo que o indivíduo cede a um soberano (concepção contratual jurídico-política), mas sim como uma relação de forças. Ao ser relação, o poder está em todas as partes, uma pessoa está atravessada por relações de poder, não pode ser considerada independente delas.
Para Foucault, o poder não somente reprime, mas também produz efeitos de verdade e saber, constituindo verdades, práticas e subjetividades.
Para analisar o poder, Foucault estuda o poder disciplinar e o biopoder, e os dispositivos da
loucura e da sexualidade. Para isto, em lugar de uma análise histórica, realiza uma genealogia, um estudo histórico que não busca uma origem única e causal, mas que se baseia no estudo das multiplicidades e das lutas. Também abriu novos campos no estudo da história e da epistemologia.
Em junho de 1984, em função de complicações provocadas pela SIDA
, Foucault tem septicemia, o que o leva à morte por supuração cerebral.

[editar] Obras
Doença Mental e Psicologia,
1954;
História da loucura na idade clássica,
1961;
Nascimento da clínica,
1963;
As palavras e as coisas,
1966;
Arqueologia do saber,
1969;
Vigiar e punir,
1975;
História da sexualidade:
A vontade de saber,
1976;
O uso dos prazeres,
1984;
O Cuidado de Si,
1984;

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