terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

O AMOR







A palavra amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atracção, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, líbido, etc.

O conceito mais popular de amor envolve de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objecto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.
Fala-se de amor nas mais diversas formas: amor físico, amor platónico, amor materno, amor a
Deus, amor à vida. É o tipo de amor que tem relação com o carácter da própria pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem e agir em prol de...).
As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no
grego e no latim.

O grego possui outras palavras para amor, cada qual denotando um sentido específico. No latim encontramos amor, dilectio, charitas, bem como Eros, quando se refere ao amor personificado numa deidade.
Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar qualquer
ser vivo ou objecto.


Perspectiva filosófica


Diferentemente do conceito de amor platónico, quando se fala do amor em Platão estamos a referir-nos ao pensamento deste filósofo sobre o amor. A noção de amor é central no pensamento platónico.

Nos seus diálogos, Sócrates dizia que o amor era a única coisa que ele podia entender, e falar com conhecimento de causa. Platão compara-o a uma caçada (comparação aplicada também ao acto de conhecer) e distinguia três tipos de amor: o amor terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva ao conhecimento e o produz); e outro que é a mistura dos dois. Em todo caso o amor, em Platão, é o desejo por algo que não se possui.
A temática do amor é comum a quase todos os filósofos gregos, entendido como um princípio que governa a união dos elementos naturais e como princípio de relação entre os seres humanos. Depois de Platão, entretanto, só os platónicos e os neoplatónicos consideraram o amor um conceito fundamental.

Em Plutarco o amor é a aspiração daquilo que carece de forma (ou só a tem minimamente) às formas puras e, em última instância, à Forma Pura do Bem. Em "As Enéadas", Plotino trata do amor da alma à inteligência; e na sua Epístola ad Marcelam, Porfírio menciona os quatro princípios de Deus: a fé, a verdade, o amor, e a esperança.

No pensamento neoplatónico, o conceito de amor tem um significado fundamentalmente metafísico ou metafísico-religioso.



Sabiam??? pois é... assim ficam a saber!!!

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